quarta-feira, 26 de março de 2014

Adolescência [quase] perdida! - Primeira Parte



“Nossos adolescentes atuais parecem amar o luxo. Têm maus modos e desprezam a autoridade. São irrespeitosos com os adultos e passam o tempo vagando nas praças, mexericando entre eles... São inclinados a contradizer seus pais, monopolizam a conversa quando estão em companhia de outras pessoas mais velhas; comem com voracidade e tiranizam os seus mestres.”

Não me surpreenderam nem um pouco essas palavras. Parecem encaixar “como luvas” na nossa juventude, nos adolescentes de hoje. Em um mundo cheio de “Face’s”, “Instragram’s”, “twitter’s”, etc., é de se esperar reações como essas nos jovens. Mas um detalhe me surpreendeu e surpreendeu muito. O autor da frase. Não foi nenhum psicólogo, pedagogo, cientista ou pastor ungido. Essa frase é atribuída a Sócrates (Queeemmmm!?).

Sócrates foi um filósofo grego, cuja obra data de pelo menos 450 anos antes de Cristo. Mas o comportamento descrito acima, parece ser a conclusão de um trabalho de final de curso de graduação, pós ou mestrado, parece ser fruto da observação de órgãos de pesquisa, no intuito de direcionar as políticas públicas para esse público, parece ter sido tirado dos nossos lares, nossos shoppings, das nossas praças e das nossas escolas. Mas não, os adolescentes daquela época já aprontavam e tiravam até mesmo os pensadores do sério.

E eles não tinham Televisão, Internet, e ídolos teens para influenciá-los. Confesso que não consigo nem mesmo imaginar o que poderia, externamente, ser tão poderoso quanto ao que temos hoje, para transformá-los em furacões difíceis de compreender e controlar.

Me permitam uma pequena pausa no assunto para exemplificar e irmos ao próximo “passo”. Eu, quando tento resolver algum problema o faço por exclusão, exemplo: se o meu computador dá algum biziu, olho primeiro o funcionamento de hardware (parte física). Se não detectar nenhum problema, concluo que o problema é de software (programas). Aí, dependendo da situação, você pode desinstalar e instalar de novo o programa. Costuma funcionar!

Vou tentar fazer um paralelo com o exemplo acima!

É que por vezes demonizamos os programas que passam na televisão e culpamos de forma irrestrita o quanto a mídia atual tenta nos influenciar. Não quero aqui diminuir ou amenizar o papel da mídia nisso, ela têm influência direta sim em nós. Hoje, com certeza, colhemos o trabalho de anos em que ela vem nos moldando para nos fazer repetir tudo o que ela quer que façamos (consumo, comportamentos, escolhas, e por aí vai).

Mas o que Sócrates observou é exatamente o que vemos hoje. E naquela época não tinham esses instrumentos midiáticos que culpamos hoje.

Posso concluir então, e excluir, até certo ponto, a mídia, ou seja, o problema não é de hardware (externo) e sim de software (interno). Os tempos mudam, as coisas mudam, as influências mudam, os instrumentos externos (mídia, internet, televisão) mudam, mas o que temos dentro de nós nunca muda. Somos Espírito, somos alma e somos carne (1 Tessalonicenses 5:23). Sempre foi assim, e, até que o Senhor volte, será assim.

O Nosso Deus é de eternidade em eternidade e o inimigo de Deus está aí desde o dia em que quis ser mais que Ele. Essas são as nossas principais influências, desde sempre. Nós optamos por sermos influenciados pelo Espírito (Deus) ou pela carne (Diabo).

Irmãos, se escolhemos Deus, Ele começa as nos munir com as armas certas para combatermos os laços do inimigo. Na medida que Ele cresce em nós, a mídia, o externo, começa a não ser uma influência mais. Até vemos, até participamos, pois o Senhor não orou para que fossemos tirados do mundo, mas sim para que pudéssemos suportá-lo, para que fossemos protegidos do maligno. Mas essas coisas externas, quando nos entregamos ao Senhor, passam a não ser mais importantes.

Mas onde entra a nossa juventude nisso tudo?

Vamos ler 2 Coríntios 12:9,10-NVI:
“Mas Ele me disse: ‘Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na vossa fraqueza’. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte.”

A palavra nos ensina que é quando estamos fracos é que o Senhor age em nossas vidas. Não por que Ele tem prazer nisso, em nos ver fracos. Mas é por que não damos brecha para o Senhor quando nos sentimos fortes em nós mesmos.

Aí que entra a história dos nossos adolescentes (acho que posso incluir aí pessoas entre 10 a 17, 18 anos, mas temos que admitir que a mídia têm aumentado cada vez mais esse intervalo). Por causa da grande profusão de hormônios, esses jovens-adultos se sentem como se tivessem “poderes especiais”, como se pudessem conquistar o mundo. Eles se sentem FORTES! Assim, queridos irmãos, eles acabam por se colocar no extremo oposto do que o Senhor deseja para nós, a FRAQUEZA. Essa “força” acaba por fragilizá-los ainda mais e acabam sendo presas um pouco mais fáceis nas mãos do inimigo.

Claro que muitos desses jovens tem também as suas angústias as suas lutas, não raro escutamos “vocês não sabem nada da minha vida”, “eu também tenho problemas”, e assim continua. Mas não estou aqui a negar isso, pelo contrário, creio sim que eles tem muitas lutas. Mas a maioria desses problemas são ocasionados justamente por essa FORÇA que acreditam que adquiriram. Se sentem independentes, maduros, mas são esses achismos que trazem a maioria dos problemas deles. E, infelizmente, muito disso os acompanham na idade adulta.

Em provérbios 22:6, a palavra diz que devemos instruir nossos filhos nos caminhos em que eles devem andar, para que, depois, não se desviem. O que o Senhor pede é que instruamos nossos filhos no caminho dEle. Olha o que diz Salmos 78:2-7-NVI:
“Em parábolas abrirei a minha boca, proferirei enigmas do passado; o que ouvimos e aprendemos, o que os nossos pais nos contaram.
Não os esconderemos dos nossos filhos; contaremos à próxima geração os louváveis feitos do Senhor, o seu poder e as maravilhas que fez. Ele decretou estatutos para Jacó, e em Israel estabeleceu a lei, e ordenou aos nossos antepassados que ensinassem aos seus filhos, de modo que a geração seguinte a conhecesse, e também os filhos que ainda nasceriam, e eles, por sua vez, contassem aos seus próprios filhos. Então eles porão a confiança em Deus; não esquecerão os seus feitos e obedecerão os seus mandamentos.”

A lei, ordenamento, que o salmista se refere é o que está lá em Deuteronômio 4:9,10 e 6:6,7. Olha o que diz esse último texto: “Que todas essas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar.”  O Senhor leva muita a sério essa herança. É algo que, obrigatoriamente, tem que passar de pais para filhos.

Mas antes de você querer ensinar, tem que aprender, se dedicar ao e no Senhor (sugiro os posts No Pain, no Gain e Enchei-vos doEspírito!). As “leis” tem que estar “gravadas em seu coração”. Depois tem que ensinar a seu filho a todo momento, aproveitando cada instante. É lei, é ordenança do Senhor.

Infelizmente meus irmãos, o que vemos são os nossos jovens, por vezes, negligenciados. Parece que os jogamos à própria sorte. A preocupação do Senhor era a continuidade do plano dEle. A cada quebra dessa herança, desse ensino de geração a geração, requereu do Senhor atitudes no intuito de limpar os maus ensinos e começar de novo.

Não ensiná-los é o mesmo que quebrar essa tradição. É também desobediência ao Senhor. A nossa responsabilidade, creio eu, não cessa nunca. Sempre temos que estar dispostos e disponíveis aos nossos filhos. Assim é o Senhor com você, sempre disponível e temos que ser seus imitadores (1 Coríntios 11:1).

O não cuidado é contrário à palavra. Achar que ele tem condição de decidir por si mesmo é o mesmo que não cuidar. Quando criança é assim, cuidamos dos pequeninos, pois enxergamos fragilidade. Não tem porque mudar na adolescência. Quando a palavra diz lá em Eclesiastes 12:1-NVI, “Lembre-se do seu Criador nos dias da sua juventude, antes que venham os dias difíceis...” O Senhor, de certa maneira, transfere um pouco da responsabilidade para o jovem. Ele tem que fazer a parte dEle em reconhecer ao Senhor. Mas esse cuidado, nessa fase, creio eu, é compartilhado. O jovem busca e você, firmado na palavra, o instrui.

Nesse processo, de fato, temos concorrentes difíceis. É muita cultura pop envolvida. Mas vejo também como uma oportunidade de ensino. Lembra: no caminho, ao se deitar, ao se levantar... Toda hora é momento de ensinar!


Recomende também o conteúdo do site! Marque no G+ no canto superior esquerdo e ajude o blog a ser encontrado nos sites de busca!

Não deixem de ler outros posts:
A Aparência do Mal!Mulheres, ame-as!!
O Final é o que Importa!
Enchei-vos do Espírito!
Conhecendo o Pai


Nenhum comentário:

Postar um comentário